July 13, 2010, 5:20 am

en nombre de Antonio Carlos Barro

A noite em que Jesus me restaurou – III

junho 16, 2009 em Sermões por Admin teste

1. Sete dos discípulos estavam pescando no mar de Tiberíades. Era uma pesca infrutífera (v.3).
2. Jesus se apresenta aos seus discípulos e sob o seu comando eles lançam novamente as redes e agora com grande sucesso.
3. Todavia, a pessoa que Jesus esta mais interessado em encontrar é Pedro:
· Pedro o havia negado por 3 vezes na noite em que Jesus foi interrogado
· Pedro era parte importante no plano de Jesus para a divulgação do evangelho após a sua partida
· Pedro teria que passar pelo processo da restauração

Transição: Aprendamos junto com Pedro o processo de restauração.

I. JESUS RESTAURA O NOSSO AMOR

1. Pedro estava com os seus sentimentos confusos e provavelmente muito envergonhado por ter traído o seu amigo, principalmente depois de ter afirmado que por Jesus ele daria a própria vida (Jo 13:27).

2. Este assunto teria que ser resolvido antes da partida de Jesus e esta foi a ocasião encontrada por Jesus.

3. Por 3 vezes Jesus pergunta a Pedro sobre o seu amor por ele: Simão, tu me amas?

· As atitudes anteriores de Pedro deixaram marcas profundas em seu coração

· Jesus não tem duvidas de que Pedro o ama, mas será que Pedro estava consciente desta verdade?

4. Com medo de encarar a situação Pedro é rapido na sua resposta: Sim, Senhor tu sabes que eu te amo. Isto se repete segunda vez.

5. Na terceira tentativa Jesus consegue a atenção de Pedro e agora a resposta sincera do coração é dada: “Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo”. Cristologia = quando Jesus disse que Pedro o trairia, provavelmente ele não deve ter acreditado.

6. Aprendemos aqui que Jesus não permite que um dos nossos fracassos venha a manchar o amor que ele tem por nós e amor que nós temos por ele.

· Muitas vezes um atitude impensada que praticamos

· Muitas vezes uma frase sem sentido

7. O verdadeiro amor vence todas as barreiras.

II. JESUS RESTAURA A NOSSA VOCAÇÃO

1. Pedro era ousado nas suas afirmações para com Jesus. Era um dos primeiros a se manifestar seja em dar a sua opinião, seja em proteger o Mestre.

2. Depois da traição, é certo que Pedro já não tem mais a mesma iniciativa, já não tem mais a mesma certeza de que a sua vida será usada por Deus para o ministério da colheita de vidas para o Reino.

3. O pecado tem a finalidade de nos afastar das mãos de Deus e produzir estragos em nosso ministério, em trazer duvidas quanto à nossa vocação.

4. Pedro pastoreia, apascenta as minha ovelhas. Estas palavras trazem de volta a esperança de que ele ainda poderia ser útil nas mãos de Jesus.

· O amor de Jesus não permite que ele descarte um de seus amigos, mesmo que este o tenha traído.

· O reino de Deus é diferente dos reinos deste mundo que vê as pessoas como produtos descartáveis e que ao menor erro são dispensadas.

· O reino de Deus é uma fábrica de esperanças

5. Quantos que andam perambulando pelas igrejas ou mesmo quantos estão afastados da igreja porque um dia erraram e agora julgam que não são mais importantes para Deus.

6. Renova a minha vocação, deve o nosso querer diante de Jesus. A qualificação básica para o serviço é o amor.



III. JESUS RESTAURA O MEUS VALORES

1. Jesus havia ensinado muito dos valores do reino para os seus discípulos:

· O maior é o que vos serve

· Quem quiser ganhar a sua vida terá que perdê-la

· Quem não se tornar como uma criança não pode entrar no reino de Deus

2. É possível que muitas destas lições passaram desapercebidas pelos discípulos.

3. Jesus tem agora a oportunidade derradeira de ensinar a Pedro sobre os custos do verdadeiro discipulado. Jesus coloca em perspectiva os valores do reino de Deus.

4. Jesus contrasta duas condições da humanidade: a juventude e a velhice. Jesus mostra a vida finita que esta destinada a todos os seres humanos: em última análise, Jesus esta dizendo a Pedro que ele morrerá também.

· Tertuliano afirma que Pedro foi crucificado em Roma sob as ordens de Nero.

· Eusébio reporta que Pedro solicitou ser crucificado de cabeça para baixo.

5. O que tem importância para Jesus é que tipo de vida a pessoa está levando, e esta vida tem que culminar numa morte que glorifique a Deus, como foi a própria vida de Jesus na terra.

6. A grande tragédia de muitos crentes é que nem mesmo quando morrem, Deus é glorificado.

7. A vida tem que ser vivida para glorificar a Deus e isto somente acontece quando eu sei quem eu sou e eu sei quem Deus é e o que ele requer de mim.

IV. JESUS RESTAURA A NOSSA AMIZADE

1. Finalmente, depois de ter o seu amor, a sua vocação e os seus valores restaurados, Jesus renova com Pedro a sua amizade e a sua disposição de ter Pedro ao seu lado.

2. “Segue-me” significa uma profunda amizade que não leva em conta os pecados de outrora. Todos foram perdoados por causa da graça infinda do Senhor.

3. Existe um significado no uso do verbo no tempo presente. “Continue a me seguir”

4. Pedro havia seguido o Mestre no passado, mas em muitas oportunidades ele não foi persistente. Agora, Jesus espera que este novo seguir adquira maturidade.

5. Jesus restaura hoje a quem desejar seguí-lo mais de perto.

CONCLUSÃO

1. Pedro escrevendo na sua primeira carta afirma que nós devemos desejar o genuíno leite espiritual para crescimento da nossa salvação, “se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso” (I Pd 2:3).

2. Jesus é bondoso. Pedro experimentou isto em sua vida. Experimentemos também nós!

Antonio Carlos Barro
www.ftsa.edu.br

en nombre de Messias Anacleto Rosa

Sede de Deus

abril 25, 2009 em Sermões por Admin teste

Neste belo texto bíblico o salmista expressa sua carência de Deus, ele está falando de sede. Vivemos uma sociedade sedenta, pessoas que estão à procura de algo que venha preencher o vazio. Muitas se acham no deserto. Como atender esta carência? Creio que é possível, a partir do momento que desenvolvemos uma espiritualidade saudável, equilibrada e disciplinada. Consideremos algumas idéias:
1. O que é espiritualidade?
Não é fuga, também não se trata de uma falsa religiosidade ou piedade. Não é um mero estereótipo religioso. Muitos, hoje, confundem vida com Deus com usos e costumes, ou penitências, e há aqueles que chegam até a práticas da auto flagelação. Espiritualidade é uma vida de comunhão íntima, intensa e permanente com Deus. É andar com Deus, é ser amigo de Deus, é curtir Deus, é amar Deus acima de todas as coisas. “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22.37). É viver um estilo de vida planejado por Jesus em João 10.10: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. É estar conectado com Deus como lemos em João 15.4-5: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.
2. Como desenvolver uma boa espiritualidade?
Algumas práticas são importantes e indispensáveis:
1)Leitura regular da Palavra de Deus: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Salmo 119.97). A Bíblia é a carta de Deus para nós.
2)Oração diária: Pelo menos 15 minutos de oração por dia. Orar é falar com Deus, é ouvir Deus: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). Oração é o oxigênio da alma.
3)Comunhão com o povo de Deus: Somos um corpo, esta comunhão se desenvolve nas celebrações e nas células, pequenos grupos.”Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44).
4)Disciplina: A vida espiritual exige cuidados. Sem disciplina e dedicação é impossível manter uma boa vida devocional. “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Coríntios 9.26).
5)Leitura de bons livros devocionais e memorização de textos bíblicos.
3. No que resulta uma espiritualidade saudável?
Resulta numa vida vitoriosa, frutífera, no foco de Deus, vida de testemunho como sal e luz, vida abençoadora e que glorifica a Deus. “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Salmo 1.3) e “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23).
Tudo isto é possível com a graça de Deus e a ação do Espírito Santo de Deus em nós. Assim Deus nos ajude. Amém.

www.ilustrar.com.br

en nombre de Cirino Refosco

Alegria indestrutível

abril 5, 2009 em Sermões por Admin teste

Você tem alegria ou é apenas feliz? Dizem os entendidos que a felicidade é uma experiência agradável que se origina da posse de coisas boas, inclui dinheiro e propriedade em geral. Alegria não depende do que acontece; ela provém de fontes interiores na vida de uma pessoa. Ela jorra como uma fonte que nunca seca. Uma atitude alegre de mente é coisa valiosa. Há um velho ditado que diz: “Somos tão velhos quanto pensamos”. Moisés estava com 80 anos de idade quando começou a sua grande obra como líder e libertador de Israel. A alegria independe da idade, das condições físicas ou das circunstancias da vida. “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha Salvação” Habacuque 3:17, 18. O mundo lança ao crente o desafio de ser alegre e Cristo capacita os seus seguidores a aceitar esse desafio. Nada neste mundo pode tirar nossa alegria, nem mesmo os piores problemas imaginados. Quando Paulo estava preso em Roma, ficou lá como que uma águia na gaiola. As suas viagens foram impedidas e os seus inimigos ficaram livres para bisbilhotar tudo. Todavia, ele havia aprendido que o homem que louva a Deus prevalece. Dez anos haviam-se passado desde que ele ministrava pessoalmente aos Filipenses. Sob a inspiração do Espírito Santo de Deus ele enviou à Igreja que estava em Filipos uma carta pessoal. E nela há uma centena de referencias pessoais e 16 referencias ao regozijo. Os 4 capítulos revelam como uma alegria indestrutível pode ser possessão dos que colocam a sua fé em Jesus Cristo. Satanás pode nos impedir de viajar, mas não de triunfar. Pode nos impedir de muitas coisas, mas não de ser alegres.

I- A alegria indestrutível vem através da oração

“Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações” v.4. Paulo tinha motivos fortes para interceder pelos Filipenses: 1- Havia ações de graça pelo passado. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” v.3. Ele podia sentir alegria, mesmo depois de 10 anos, pela convivência que teve com os irmãos. Era uma Igreja especial, amorosa, e preocupada com os servos de Deus, com os missionários, pregadores da palavra. Paulo estava agora preso, mas podia lembrar-se daqueles irmãos com alegria no coração 2- Havia em Paulo um coração sensível às misericórdias de Deus e também um coração muito terno, manifestado na maneira como ele tratava os outros. “Porque Deus me é testemunha das saudades que de vós todos tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo” v 8. Paulo podia se lembrar com muita saudade daqueles irmãos. Creio que não podia dizer o mesmo de Corinto, pois lhe causaram muitas preocupações. 3- Havia uma confiança no futuro. Ele estava certo de que Deus levaria a um fim glorioso a obra que começara nas vidas de seus seguidores. “Tendo por certo isso mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo” v.6. Ele desejava que o amor dos Filipenses pudesse transbordar mas dentro dos limites do conhecimento. A sua esperança era que eles fossem capazes de fazer uma melhor avaliação da vida e, finalmente que eles tivessem uma experiência mais plena de justiça. “E peço isto, que o vosso amor abunde mais e mais em ciência e em todo conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até o dia de Jesus Cristo; cheios de frutos de Justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”v. 9 – 11.

II- A alegria indestrutível vem quando se conserva o senso de um objetivo

“Mas o que importa? Contanto, que de toda maneira, ou por pretexto ou em verdade Cristo seja anunciado, nisto me alegro e me alegrarei sempre” v.18. Tem-se dito que o envolvimento em uma grande coisa é o segredo do sucesso. As do apóstolo haviam-se transformado em portas. As limitações físicas e a humilhação social realmente haviam servido para o progresso do evangelho. “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” v. 12. Paulo tinha um objetivo na vida – pregar o evangelho. Não media as suas condições pelas dificuldades enfrentadas, mas pela facilidade que tinha de espalhar o evangelho de Cristo. Quando temos em nossa vida um objetivo, as dificuldades deixam de ser dificuldades e os problemas deixam de ser problemas; porque nosso objetivo maior está acima das circunstâncias da vida. Paulo estava preso, mas não via isso como problema, via sim, como portas abertas para o avanço na evangelização e ensino através de cartas escritas às Igrejas. E podemos dizer, que os maiores ensinos teológicos que temos até hoje são as cartas escritas enquanto Paulo estava preso. O maior consolo que encontramos para nossas horas de aflição, são as cartas escritas na prisão de Roma. Paulo não podia viajar, mas tinha como objetivo proclamar o evangelho de Jesus, e isso fazia com alegria. Precisamos, como Paulo, encontrar no sofrimento, nas dificuldades, nos problemas, e nas humilhações, um objetivo. Então a alegria continuará em nosso íntimo. Quando não temos esse objetivo, tudo é motivo para tristeza e desânimo.

III- A alegria indestrutível vem com o antegozo de perspectivas gloriosas para o futuro

Cristo tem um poder extraordinário. Ele transforma a miséria em melodias e as prisões em palácios; a pobreza em riqueza e a dor em gozo. É difícil entender a alegria de Paulo na prisão, bem como a de José na masmorra e a de João na ilha de Patmos. Mas estes e tantos outros homens e mulheres experimentaram grande alegria nas horas mais difíceis da vida. Eles nunca olharam para as grandes dificuldades. Parece que as dificuldades, que tanto nos prejudicam não existiam para eles, mas a alegria era constante em suas vidas. Fico a pensar como estamos longe de um viver idêntico; como estamos longe de experimentar o que estes crentes experimentaram. E creio, ser por um motivo: não aceitamos as coisas ruins que nos acontecem, e por qualquer dificuldade nossa vida se transforma em lamúria. Nosso ser é invadido pela tristeza e o desanimo jorra em lugar da alegria. Cristo continua o mesmo. Ele quer transformar a miséria de nossas vidas em melodias e as prisões em palácios. “Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação, segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne, traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um lado, e de outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei, e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo na fé. A fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença de novo convosco” v. 19-26. Não sei o que dizer de expressões como estas! Pois ele estava em grandes apertos e dificuldades, mas a esperança era a sua arma. Quem poderia dizer como Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Ele desejava e estava pronto para morrer, mas por amor do evangelho estava disposto a viver. Ele se regozijava com a possibilidade da morte, visto que todas as perdas chegariam ao fim. Ele também se alegrava com a permissão para viver. A direção de sua vida fora estabelecida. Ele havia resolvido que Cristo seria honrado em seu corpo. Ele tinha convicções bem estabelecidas. Aprendamos a sentir no sofrimento e nas dificuldades, o antegozo do glorioso futuro que nos é garantido em Cristo Jesus.
Conclusão

Fico preocupado com a falta de alegria de muitos crentes, pois só o que se ouve é murmúrio e reclamações, e nunca ações de graça. Qualquer acontecimento é um problema, não sabem canalizar isso para o bem dos outros. Às vezes pequenas coisas tiram nossa alegria. James L. Murssell conta um exemplo disso: Ele conta que um grupo de operários de uma fabrica eram infelizes e tinham perdido completamente a alegria. Seu salário era bom, o tempo de trabalho era normal, e as condições eram excelentes. Esses operários admitiam tudo isso. Mas estavam fervendo de descontentamento. A gerencia da fabrica estava preocupada e finalmente chamou um psicólogo industrial. Este estudou a situação e descobriu que o problema estava nos sapatos dos operários. Os operários precisavam ficar em pé quase todo o tempo e num soalho duro; os seus pés e pernas ficavam extremamente cansados porque os sapatos que usavam não lhes dava apoio adequado. A fadiga que começava nos pés se espalhava pelos seus nervos, e assim criava um descontentamento enorme. A empresa mandou fazer sapatos especiais e a alegria voltou. Freqüentemente nos deixamos afetar por pequenas coisas. Precisamos mudar nossa maneira de ver as coisas e pedir a Deus para nos ajudar a descobrir qualquer obstáculo que esteja tirando nossa alegria. Muitos crentes são peritos em fazer com que pequenos contratempos se tornem em verdadeiras montanhas intransponíveis. Aprendamos a encontrar nas dificuldades portas abertas para a evangelização e motivos para ações de graça, então a alegria será indestrutível em nós. Mas lembre-se: a alegria será indestrutível quando oramos com seriedade e compromisso; quando temos o senso de um objetivo – pregar o evangelho; e quando experimentamos antecipadamente o gozo da vida futura.

visite www.ilustrar.com.br

en nombre de Aristarco Coelho

Ais e consolações

março 18, 2009 em Sermões por Admin teste

(24) Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. (25) Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. (26) Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas.(Lucas 6: 24 a 26)

Jesus era muito versátil na forma de se comunicar com as pessoas. Ele usava discursos públicos, como fez no sermão do monte; contava pequenas histórias de fatos do dia-a-dia, como a história do fazendeiro que juntou riquezas para si e perguntas confrontadoras e arriscadas como “Quem dizem os homens que eu sou ?”.

No trecho que lemos, Jesus se utilizou de uma forma de expressão muito comum nos profetas do Velho Testamento: os Ais. Esse formato literário foi usado pelo menos 20 vezes, no A. T., por 8 profetas diferentes: Isaías, Jeremias, Amós, Miquéias, Naum, Habacuque e Zacarias. Na Bíblia, os ais são interjeições de advertência e lamento pelo pecado de pessoas e mesmo de nações inteiras:

Isaías, no verso 8 do capítulo 5 diz:
“Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores da terra.”

Em Jeremias 22:13 o profeta diz:
“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito; que se vale do serviço do seu próximo sem paga e não lhe dá salário.”

O profeta Naum (3:1) também se utilizou dos Ais. Ele disse:
“Ai da cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo, e que não solta sua presa”

No texto registrado pelo médico Lucas, Jesus pronunciou quatro Ais: “Ai dos ricos”, “Ai dos que estão fartos”, “Ai dos que riem” e “Ai daqueles que são aprovados por todos” Hoje à noite vamos conversar sobre o primeiro dos quatro Ais pronunciados por Jesus: Ai de vós, ricos, por que já tendes a vossa consolação.

Nesse primeiro lamento de advertência Jesus fala para aqueles que têm bens e posses. Uma palavra me chamou a atenção como se estivesse iluminada com holofotes: CONSOLAÇÃO. Observe o texto e veja que Jesus, com essa palavra – Consolação – explica o motivo da sua advertência aos ricos. É como se ele dissesse: Lamento muito por vocês que são ricos e que têm encontrado nas riquezas o consolo de suas vidas.

Minha primeira indagação diante do lamento de Jesus foi: Será que nós precisamos de consolo? Será que os ricos sobre quem Jesus falou estavam errados em buscar consolo.

Na verdade parece até estranho falar de buscar consolo no atual cenário vivido pela Igreja Cristã, sobretudo pela Igreja Evangélica. Afinal os profetas do sucesso estão nos programas de TV anunciando que crente fiel não sofre, não adoece, não fica triste, não perde o emprego (até porque os crentes fieis são todos patrões) e não passa por qualquer outra dificuldade. Basta apertar a campanhia e o Deus-garçon vem atender seus pedidos.

No entanto, irmãos, se você usarmos de bom senso e sinceridade; se você, por um breve momento, parar as engrenagens da vida para observá-la, vai concordar comigo: somos submetido a tantos sofrimentos, são tantas as dificuldades que enfrentamos e estamos tão aquém do ideal de Deus para nós, que todos, sem exceção, precisamos ser consolados. Aqui vai uma dica: aqueles que acham que não precisam de consolo, os durões, são os que mais precisam.

Quando alguém perde o emprego, precisa de consolo
Quem já passou pela terrível situação de estar desempregado? A experiência de procurar como ganhar o pão de cada dia e sustentar a família, mas não conseguir, meu amados, é um corrosivo extremamente danoso para a auto-estima de qualquer um. Tenho um irmão que chegou há alguns meses de Rondônia. Demitido depois de 7 anos de serviço. Durante o período em que procurava emprego sem encontrar, ele, a esposa e os filhos precisaram de consolo.

Quando se é vítima da violência urbana, precisa-se de consolo.
Há alguns meses atrás Marina e os meninos estavam indo me pegar no trabalho quando ela foi roubada. O carro estava parado no sinal, e por uma brecha no vidro de menos de 10 cm, um sujeito enfiou o braço e roubou uma jóia que havia sido presenteada em uma data muito especial. Nós precisamos de consolo naquela ocasião.

Quando não conseguimos nos fazer entender, precisamos de consolo.
Sabe aquelas situações em que um fala em uma língua e a outra pessoal fala outra língua totalmente diferente; situações em que você tenta ajudar mas acaba por machucar o outro; ou quando você pensa estar fazendo uma boa ação mas não é compreendido pelo alvo do seu amor. O interessante é que muitas vezes isso acontece com aqueles que mais amamos. Precisamos de muito consolo nessas situações.

Quando nos sentimos inadequados, precisamos consolo
A sensação de inadequação é capaz de minar a alegria de qualquer pessoa. É quando parece que não fazemos nada certo, que não nos enquadramos em nenhum perfil. Nem na rede ministerial ele consegue encontrar um perfil de servo para ele. Precisamos de consolo quando nos sentimos como o patinho feio da fábula..

Quando envelhecemos, precisamos de consolo.
Ultimamente tenho tido a oportunidade de conversar com o Seu Dorileu. Seu Dorileu tem cerca de 84 anos e recentemente tem passado por alguns problemas de saúde. Ele é um homem simples, mas é daquelas pessoas falantes e articuladas, que têm uma opinião sobre tudo.

Logo que chegou aqui em Fortaleza para se tratar, o semblante daquele homem era de tristeza e desconsolo. O corpo debilitado não respondia como antes aos medicamentos; a mente cansada tinha dificuldade em se concentrar; e alma estava sem esperança no futuro. Em sua velhice, Seu Dorileu chegou aqui precisando de consolo.

Quando a vida perde o sentido, precisamos de consolo.
Meus irmãos, não é muito difícil perder o amor pela vida. Basta olhar para nossas limitações, nossos medos, nossas frustrações, nossos anseios e nossas dúvidas que a vida pode tornar-se algo sem sentido ou valor. Quando a falta de propósito invade nossa alma é certo que precisamos de consolo.

Na verdade, irmãos é legitimo que alguém desconsolado busque consolo. Não era esse o problema. Jesus, quando repreendeu os ricos com esse primeiro Ai, deixou um alerta não sobre o consolo em si, mas sim sobre ONDE estamos buscando consolo. Mas por que Jesus faria esse alerta? Porque há consolação que é breve, temporária e esse tipo de consolação não satisfaz as necessidades da alma humana.

Assim, minha segunda indagação é: onde você tem buscado consolo para enfrentar as dificuldades da vida?

Naquilo que você possui?
Você pode pensar “Isso é coisa apenas dos ricos sobre os quais Jesus falou”, mas não é não. Nossa sociedade consumista decretou uma lei, vigente em quase todo o mundo: a identidade das pessoas encontra-se naquilo que elas possuem. É sob essa lei que você vive, desejando possuir algum bem que lhe tornará especial e trará consolo para sua alma? Onde você tem buscado consolo para sua vida?

Na esperança de possuir algo?
Jogos, loterias, cartelas premiadas, carnê do baú, jogo do milhão e bingos eletrônicos. Alguns buscam consolo para a dura realidade da vida não na posse de algo mas na esperança de possuir. Não importa se o dinheiro ganho com dificuldade está sendo jogado fora em vez de sustentar a família com dignidade; não importa se a estatística diz ser quase impossível ganhar. O consolo está na esperança. Mas essa é uma esperança que não está no Deus Eterno. Onde você tem buscado consolo para sua vida?

No seu filho ou sua filha?
Muitos pais e mães buscam consolo na possibilidade de serem redimidos por seus filhos … Sonhos frustrados serão realizados por eles; desejos não alcançados serão usufruídos por eles (Mesmos se eles não quiserem). E para viabilizar tudo isso, tornam-se controladores de seus filhos não permitindo que vivam sua própria vida. Onde você tem buscado consolo para sua vida?

Nas drogas ilícitas,
As autoridades dizem que Fortaleza faz parte de várias rotas de tráfico de droga: maconha, cocaína, anfetaminas, exctase. Por que? … Somos uma cidade litorânea, ficamos próximo aos mercados consumidores da Europa e EUA … Pode ser que tudo isso facilite o tráfico, mas o que deveria nos incomodar é que nossa cidade tem buscado consolo para suas angústias nas drogas, e tem afundado nelas. Onde você tem buscado consolo para sua vida?

Nas drogas lícitas?
Álcool, fumo, tranqüilizantes e analgésicos também podem se tornar fonte temporária de consolo. Drogas permitidas pela sociedade mas não menos danosas que as outras pois reduzem momentaneamente nossa necessidade de confiar no Senhor. Quando a vida aperta, ameaça e nos faz ficar com medo, onde buscamos consolo, Onde aquietamos nosso coração? No álcool que entorpece ou no entorpecente legal que tranqüiliza?

No sono da fuga?
Queridos irmãos e queridas irmãs, quando o sono torna-se mais que um restaurador de energias, quando dormimos para ver se as coisas estarão diferentes ao acordarmos, CUIDADO. Pode ser que o sono tenha se tornado o consolo de sua vida.

Você poderia dizer: Aristarco, graças a Deus não tenho buscado consolo em nada disso. Então, talvez você seja daquelas pessoas dedicadas ao trabalho e ao estudo.

No trabalho duro e sério?
Se falta tempo para você fazer outras coisas em sua vida, à exceção de trabalhar, CUIDADO. Aqueles que são viciados em trabalho tem inúmeras explicações para sua obsessão: é o orçamento que não dá mais; é a oportunidade de ascensão que não pode ser perdida ou a chance da realização pessoal almejada. Não há nada de errado em trabalhar duro e de forma honesta, mas é preciso estar alertar para não buscar na atividade incessante o consolo para a alma.

Nos estudos intensos e sem fim?
É bom e necessário estudar! Mas quando a busca pelo conhecimento tornar-se um fim em si mesmo, você precisa saber que está lidando com um deus que exigirá cada vez mais dedicação. Conheço pessoas que trocaram o cônjuge por um doutorado, os netos por um mestrado e a convivência familiar por um curso de especialização.

Onde você busca consolo para sua vida?

Deixe-me lhes dizer uma coisa:

· Suas posses podem ser roubadas;
· Seu filho pode não realizar seus sonhos;
· efeito das drogas passa e deixa um vazio cada vez maior;
· Depois de um tarde de sono, o mundo continuará lá;
· Depois de 12 horas de trabalho, seus medos e ansiedades ainda estarão esperando por você;
· Um dia você terá dificuldade de lembrar-se do que estudou com tanto afinco.

Onde, meus irmãos, podemos encontrar o consolo que nos torna plenos e felizes?
Por favor, abra sua Bíblia em II Coríntios 1:3-4.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, II Coríntios 1:4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. (II Coríntios 1:3)

No meio das tribulações da vida, o consolo eficaz vem do Senhor, o Deus de toda consolação!! É Ele quem pode encher nosso coração de Paz. É isso que a Palavra nos afirma.

O desafio para nós, crentes do século XXI é confiar no que diz a Palavra do Deus Eterno. O desafio é confiar em que o Senhor deseja nos consolar com a sua presença, que ele tem pensamentos de paz sobre nós. O desafio é, a despeito das circunstâncias, descansar na soberania amorosa do nosso Deus. Ele mesmo é a nossa consolação eterna.

Minha terceira pergunta nessa noite é: como somos consolados pelo Senhor. Eu gostaria indicar 3 formas pelas quais o Senhor nos consola:

Pelas Escrituras

Romanos 15:4 Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.

Leia sua Bíblia procurando conhecer melhor a Deus. Descubra do que o Senhor gosta e o que Ele não gosta. Veja nas Escrituras como Ele lida com seus servos. Quando confiamos naquilo que a Palavra afirma sobre o caráter de Deus, somos consolados.

Pelo ensino e exposição da Palavra

Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. (I Coríntios 14:3)

Assuma uma atitude ensinável. Esteja aberto para ouvir e ser consolado por aqueles aos quais o Senhor incumbiu com a missão de ensinar a Palavra. Quando permitimos que o ensino da Palavra toque nossas vidas, e não apenas nossas mentes, somos consolados.

Pelo testemunho e amor dos santos

e Jesus, que se chama Justo, sendo unicamente estes, dentre a circuncisão, os meus cooperadores no reino de Deus; os quais têm sido para mim uma consolação. (Colossenses 4:11)

Pois tive grande gozo e consolação no teu amor, porque por ti, irmão, os corações dos santos têm sido reanimados. (Filemom 1:7)

Esteja atento ao testemunho dos homens e mulheres que andam perto do Senhor. As vidas destas pessoas estão repletas de histórias de fé que podem nos encher de consolo. Para isso é preciso abrir mão de nos considerarmos o centro de nossas vidas para conseguir ver as outras pessoas e aquilo que o Senhor está fazendo nas vidas delas.

Eu gostaria de terminar lendo novamente o que o Apóstolo Paulo escreveu em II Coríntios 1:3,4.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. (II Coríntios 1:3,4)

Que Ele nos abençoe e molde nossas vidas à semelhança do Seu filho Jesus. E que nos dê da sua graça para essa caminhada de transformação.

www.ejesus.com.br
sermao, sermoes, consolador

en nombre de Paulo Rogério Petrizi

Renovado pelo Senhor

março 12, 2009 em Sermões por Admin teste

Texto: Isaías 40.27-31

I. O DEUS QUE RENOVA O SEU POVO

a) o Deus cuja Palavra subsiste eternamente Is 40:7 Seca-se a erva, e murcha a flor, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade o povo é erva.
8 Seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.

b) O Deus de todo o Conhecimento Is 40:13 Quem guiou o Espírito do Senhor, ou, como seu conselheiro o ensinou?
14 Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse entendimento, e quem lhe mostrou a vereda do juízo? quem lhe ensinou conhecimento, e lhe mostrou o caminho de entendimento?

c) O Deus de todo o Poder Is 40:22 E ele o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e o desenrola como tenda para nela habitar.

23 E ele o que reduz a nada os príncipes, e torna em coisa vã os juízes da terra.

24 Na verdade, mal se tem plantado, mal se tem semeado e mal se tem arraigado na terra o seu tronco, quando ele sopra sobre eles, e secam-se, e a tempestade os leva como à pragana.

d) O Espírito Santo, nosso RENOVADOR

II – O POVO A QUEM DEUS RENOVA

Is 40: 11 Como pastor ele apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.

Is 41:31 “os que esperam no Senhor…”

* Deus renova os que o buscam: Sl 51:10 “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto”

* Deus renova os inconformados: Rm 12:2 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (da vossa mente “nous”), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”

* Deus renova a nossa mente: Rm 12:2 “transformai-vos pela renovação da vossa mente”

III – PARA QUE DEUS RENOVA SEU POVO?

2 Co 4: 16 Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia.

17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;

18 não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas.

a) Deus nos renova para não desfalecermos

b) Deus age no nosso “homem interior” (para que seja sempre novo)

Ef 3:16 (dobro meus joelhos perante o Pai) “para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior” (diferente do homem exterior, que fica cada vez mais velho)

c) Deus nos renova para nos dar sua visão:

– para que as tribulações nos pareçam leves e momentâneas

– para que reconheçamos seu imenso amor: Ef 3:17 e 18 “que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento e a altura e a profundaidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.”

– para que reconheçamos o peso e o caráter de glória da sua herança.

en nombre de Alexandrino MouraO Cristo vitorioso escreve a sua

O Cristo vitorioso escreve a sua igreja em esmirna para confortá-la.

outubro 23, 2008 em Sermões por Admin teste

Este texto que acabamos de ler é a segunda carta das sete enviadas às igrejas na Ásia Menor. Todas as cartas é o próprio Senhor Jesus Cristo que escreve através do seu apóstolo João. Ele é aquele que está andando no meio dos candeeiros, que são as igrejas. Ele é o dono delas. E por isso, Ele pode, tanto exortar como advertir, animar como ameaçar.
Esta segunda carta foi dirigida à igreja em Esmirna. Esmirna era uma bela cidade. Ela era rival da cidade de Éfeso. Ela reivindicava o direito de ser a “primeira Cidade da Ásia em beleza”. Já que Éfeso ocupava este posto. Esmirna era uma cidade gloriosa. Ela com seus lindos edifícios públicos situados no alto da colina Pagos, formavam o que se chamava “a coroa de Esmirna”. A brisa ocidental vinda do mar soprava por toda cidade. Que mesmo durante o verão era uma cidade com um clima agradável. Desde o começo da ascensão do império romano, mesmo antes do seus dias de grandeza, Esmirna era sua aliada e reconhecida como tal por Roma.
Com toda probabilidade a igreja de Esmirna foi fundada por Paulo durante a sua terceira viagem missionária (At 19.10), entre 53 e 56 d. C. É possível que Policarpo fosse bispo da igreja de Esmirna naquela época. Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerando líder foi queimado vivo num poste. E esta igreja é uma das duas igrejas que o Senhor Jesus Cristo não critica e nem ameaça. A outra igreja é a de Filadélfia. Ela sendo fiel e sem motivo de ameaça, o Senhor se dirigi de uma maneira a fortalecer ainda mais aquela igreja a permanecer firme. Ele se apresenta assim: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta a sua igreja amada como o Cristo vitorioso. Isto nos leva ao seguinte tema desta pregação:

1. Conhecendo o Seu Sofrimento (vs. 8-9).

Irmãos, a semelhança da carta a igreja em Éfeso, Jesus Cristo também faz sua auto-apresentação a igreja em Esmirna. Na igreja de Éfeso, Ele se apresenta da seguinte maneira: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”. Ele se apresenta como aquele que estar andando no meio da igreja. Para mostra que Ele conhece o que estar acontecendo dentro da igreja. Ele conhece a vida de cada membro. Por isso, Ele pôde ver que aquela igreja tinha deixado o seu primeiro amor. O seu amor havia esfriado em servi-lo.
Mas agora Ele se apresenta a Igreja em Esmirna desta maneira: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Por que Jesus Cristo se apresenta desta maneira? Porque tem haver com a mensagem que Ele tem para aquela igreja. Ele se apresenta aqui como o conquistador. Mas não como qualquer conquistador. Ele é o primeiro e o último. Ele é o ser eterno. Que sempre existiu com o Pai. Quando se encarnou a nossa semelhança e baixou a amarga cruz em nosso lugar, Ele foi morto e sepultado. A morte tentou vencê-Lo, mas não conseguiu vencer. Ele é aquele que mesmo quando estava morto, vivia. Porque Ele é o ser eterno. Ele é o conquistador da morte. Ele venceu a morte que veio sobre ele com toda sua força. Porém, ele se levantou dentre os mortos. Ele agora tem domínio sobre a morte. Ele está qualificado para ser nosso Mediador e Salvador. Porque a morte não tem poder sobre os filhos de Deus. Por isso, Ele se apresenta desta maneira a igreja em Esmirna. Ele quer deixar bem claro que Ele é o conquistador da morte. E por isso ele pode dizer a igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Ele tem a vida em suas mãos e a dar a quem Ele quiser.
Jesus Cristo, como o conquistador da morte pode dizer aquela igreja fiel: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza mas és rico e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”. O Senhor quer encorajar aqueles irmãos em Esmirna. O Senhor conhecia o sofrimento daqueles amados. Eles sofriam muito por causa do nome de Cristo. Jesus Cristo diz que conhece tanto as tribulações como a sua pobreza extrema. Como pessoas convertidas naquela época eram perseguidos. Por servir a Cristo eram despedidos de seus empregos constantemente. Além disso, eles eram pobres, materialmente falando, e fazer-se CRISTÃO era, do ponto de vista terreno, um verdadeiro sacrifício, ou seja: pobreza, fome, aprisionamento, com freqüência a morte por meio de feras ou de estacas do martírio. Ser cristão naquela época era bem difícil. Porque uma hora você poderia está livre mas em outra hora poderia está preso e preste a ser lançado para alimentar as feras ou ser queimado vivo como espetáculo para o público. Diferente da nossa época, que gozamos de liberdade para servir a Deus. Podemos vir a igreja sem medo. Sem correr o risco de ser preso por servir a Jesus Cristo. Mas, mesmo assim muitas vezes colocamos obstáculos para servir a Jesus Cristo com toda a nossa força e vontade. Que possamos seguir o exemplo dos irmãos em Esmirna. Que apesar de toda perseguição e pobreza, não abandonaram a sua fé. Antes permaneceram firme.
Por isso, o Senhor quer exortar aqueles fiéis a não sentir pena de si mesmos. Pelo contrário, deveriam se alegrar. Eles podem ser pobres materialmente falando. Mas o Senhor Jesus disse: “mas tu és rico”! Por que eles eram ricos? Porque o seu tesouro não está aqui na terra, mas no céu. Eles seguiram o que Jesus Cristo tinha ensinado em Mateus 6.20: “Ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”. O coração daqueles irmãos estava no céu. Estava ligado a Cristo que é o conquistador da morte e do seu poder. Por isso eles são ricos. Porque eles têm Cristo em suas vidas. Eles não precisam ser ricos materialmente. Apenas espiritualmente. Esta é a maior de todas as riquezas que uma pessoa pode ter na vida. A riqueza que vem dos céus. Que transforma sua vida e o torna fiel a Cristo, seu Senhor e Salvador.
Eles também não deveriam temer a “blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”. Os judeus difamavam o Messias e negavam a sua vinda. Esses judeus desprezaram com toda sua força o Cristo. Eles alimentavam um ódio maligno contra os cristãos. Eles arrastavam os cristãos diante dos tribunais e os acusavam injustamente. Como lemos em Atos 13.50: “Mas os judeus instigavam as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e levantam perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território”. Também Atos 14. 2, 5 e 19 (ler).
Esses judeus se achavam que eram a “sinagoga de Deus”. Eles falavam de Deus, mas não viviam para Deus. Antes, praticavam as cosias do diabo. O Senhor os chama de “Sinagoga de Satanás”. São casas de Satanás. Praticam as mesmas coisas que seu pai pratica. Satanás é o principal acusador dos irmãos. É ele que acusa os fiéis. E os judeus estão fazendo as mesmas coisas. Eles levantam falsas acusações contra os cristãos. Mentem perante os tribunais e contratam homens malignos para testemunharem falsamente. E assim lançam os cristãos na prisão e conseqüentemente serem mortos. Tudo isto eles fazem com muito entusiasmo, empolgação. Eles têm prazer em praticar o mau. Eles se alegram em matar os cristãos. Assim eles também estão rejeitando Jesus Cristo. Por isso eles são chamados de sinagogas de Satanás. Casa de maldade e iniqüidade. Porque são incrédulos. São descrentes. Não crêem em Deus, mesmo que falem e digam que estão adorando a Deus. Na verdade estão adorando Satanás com seus atos. Eles estão lutando contra Deus e seu domínio. Porque todos eles são filhos do diabo.
Porém, o Senhor sabe sobre essas falsas calúnias. O Senhor sabe o que aqueles crentes de Esmirna estão sofrendo. Ele diz no inicio do verso 9: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza”, quer dizer, Ele sabe o que cada crente passa. Se sofre ou se está feliz. Ele encoraja os fiéis dizendo que Ele não se afastou do seu povo. Pelo contrário, Ele está do nosso lado, nos ensinando a andar. Nos ensinando a confiar e a esperar inteiramente nEle. Irmãos, dar ou não dar um conforto para nós, em saber que Cristo conhece a nossa vida e está disposto a nos confortar? Na vida ou na morte o nosso conforto é o Senhor Jesus Cristo em nossas vidas. Não existe conforto maior do que este na vida de um cristão.

2. Exortando a Permanecer Fiel (v. 10).

Irmãos, o Senhor Jesus Cristo conhece nosso sofrimento. Ele sabe o que cada um passa e sofre. Mas, devemos estar consolado no Senhor Jesus. Porque Ele disse que não nos deixaria órfãos. Ele prometeu sempre estar do nosso lado. Por isso, quando Ele subiu ao céu, para reinar de lá tudo em nome do Seu Pai, a primeira providência dEle foi enviar o seu Espírito Santo. O Espírito Consolador. Enquanto Ele está preparando um lugar no céu para nós, Ele manda seu Espírito para nos consolar. Assim, Ele cumpre a sua promessa de não nos deixar órfãos. Dessa maneira, Jesus Cristo sempre está perto de nós. Isso Ele deixou bem claro para a igreja de Esmirna. E também quer deixar bem claro para nós. Ele está do nosso lado. Ele não se afastou de nós. Nós é que muitas vezes nos afastamos dele. Mas, Ele sempre esteve e estará conosco.
Por isso, Ele no versículo 10 do texto do sermão diz: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulações de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Os romanos perseguiam os cristãos constantemente. Eles eram acusados de traição e rebeldia. De estarem tramando a queda do império. Mas os judeus estavam incitando a praticarem também esses atos cruéis. Eles também acusavam os cristãos perante os tribunais. Eles eram instrumentos de Satanás para destruir os cristãos. O texto diz que “o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova”. Satanás ia fazer com que muitos cristãos fosse lançados na prisão. Os cristãos iriam ser forçados a negar a Jesus. Porque ser preso significa a morte se não negasse a Cristo em público. Então, seria uma tentação muito grande para aqueles fiéis. Em meio ao sofrimento, terem que decidir em quem deveria confiar. Em Cristo ou negá-Lo para ter sua vida aqui na terra?
A vida do cristão não é nada fácil. Veja o que o apóstolo Paulo diz em 2 Timóteo 3.12: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Se você quer servir a Cristo fielmente, você tem que sofrer. Não há outra maneira. Não existe outro caminho. O único modo de permanecer e viver fiel a Jesus Cristo, é através do sofrimento pelo seu nome. Cristianismo é sinônimo de sofrimento, angústia, aflição, tentação e perseguição. Se você não sofre nada disso, significa que você precisa olhar no que está errando. Se você quer viver piedosamente em Cristo Jesus, você será perseguido.
O Senhor disse aqueles irmãos de Esmirna, que eles só iriam sofrer por dez dias. Isso significa um tempo definido. Eles deveriam guardar sua fé pura. Porque através daquele sofrimento, o Senhor estaria também provando aqueles crentes. Purificando e aumentando a fé daqueles fiéis. O Senhor diz: “Não temas as coisas que tens de sofrer… Sê fiel até à morte. Como Jesus tinha dito a seus discípulos em Mateus 10:28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a lama; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”. O homem só pode fazer perecer nosso corpo e não a nossa alma. Por isso Jesus disse: “Sê fiel até à morte”. Isto não significa meramente “ser leal até morrer”, mas “ser fiel ainda que isto lhe custe a vida”. Mesmo que o mundo inteiro venha sobre mim, eu como cristão, vou manter minha fé em direção do Senhor. Vou permanecer firme, mesmo que o mundo me mate. Mesmo que custe a minha vida. Esta é a convicção de um cristão genuinamente cristão em Cristo.
E você irmão, está disposto a servir a Cristo mesmo que isto custe a sua vida? Se está disposto a se sacrificar, a morrer por amor ao Senhor Jesus, a você é prometido a coroa da vida, ou seja, a vida de glória no céu. Mas, aos covardes e traidores são reservados o lago de fogo.
Irmãos, a igreja de Esmirna não foi criticada pelo Senhor e isto deve chamar nossa atenção. Por que não foi criticada? Porque eles se empenhavam em tudo para servir a Cristo com fidelidade. Em nada eles deixavam de fazer para Cristo. Eles não negavam seu amor a Cristo. Que é o seu dono. Eles amaram ao Senhor Jesus Cristo acima de sua própria vida. Eles preferiam morrer do que negar ao Senhor Jesus Cristo.
Irmãos, e se o Senhor Jesus Cristo escrevesse uma carta direcionada a Igreja Reformada de São José da Coroa Grande, seríamos criticados? Ou será que não receberíamos criticas como a igreja de Esmirna? Pense um pouco sobre isso.
Eu falei na introdução do sermão sobre Policarpo que era bispo da igreja de Esmirna. Vocês sabem por quê e como ele morreu? Eu vou dizer a vocês o por quê e como ele morreu.
Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerando líder foi queimado vivo num poste, cerca de 155 d. C. Foi-lhe exigido que dissesse: “César é Senhor”, mas recusou. Levado ao estádio, o governador lhe instou, dizendo: “Jura, nega a Cristo, e eu te porei em liberdade”. Policarpo respondeu: “Oitenta e seis anos O tenho servido, e Ele nunca me fez qualquer injúria: Como posso eu, pois, blasfemar contra o meu Rei e meu Salvador?”. Quando outra vez o governador o pressionou, o ancião respondeu: “Posto que vãmente insistes que eu jure pela felicidade de César, e pretendes ignorar quem e o que sou, ouve-me declarar com toda intrepidez: Eu sou um cristão…”. Pouco mais tarde o governador respondeu: “Tenho feras ao meu alcance, a elas te lançarei, a não ser que te arrependas. Eu farei que sejas consumido pelo fogo, já que deprecias as feras, caso não te arrependas”. Mas Policarpo disse: “Tu me ameaças com fogo que queima por uma hora, mas depois se apaga; não obstante ignoras o fogo do juízo vindouro e da punição eterna, reservado para os maus. Por que te demoras? Faze o que queres”. Pouco depois as pessoas começaram a trazer a lenha; os judeus, especialmente, segundo o seu costume, assistiram com entusiasmo. Assim Policarpo foi queimado num poste.
Isto é ser fiel até a morte. Mesmo que venha a morrer, não negar a sua fé em Cristo.

3. Confirmando a Vitória Sobre a Segunda Morte (v. 11).

O que é a segunda morte? A segunda morte é o dia do juízo final. Naquele dia Cristo julgará a todos e condenará os que se rebelaram contra Ele. Em Apocalipse 21. 8 descreve quem são essas pessoas. Vamos irmãos ler este versículo.
Naquele dia os incrédulos que rejeitaram o Senhor, serão lançados no lago de fogo. Serão atormentados por toda eternidade. Quem não tiver seu nome inscrito no livro da vida, sofrerá eternamente. No juízo final haverá choro e ranger de dentes para aqueles que não se submeteram a autoridade de Cristo. Todo que não se converteram ao Senhor. Todos que fingiram ser fiéis a Ele. Todos que negaram sua fé pelos prazeres do mundo. Naquele dia não haverá mais esperança para se converter e nem se arrepender. Porque tiveram toda sua vida para se arrependerem. Para essas pessoas só resta o lago de fogo, que é a segunda morte.
Mas, e para os que permanecerem fiéis? O verso 11 diz: “O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte”. Irmãos, no verso 8 Jesus se apresenta como “o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta como o Vencedor. Ele é o Cristo Vitorioso. Ele venceu a morte. A morte não teve poder sobre Ele. Mas Ele é que tem o poder sobre a morte. Ele decide quem vai ou não morrer. E para aqueles que guardaram sua fé, Ele diz: “Você não sofrerá no juízo final. Eu venci a morte. Eu venci por você. Para que você no juízo final tenha a vida eterna. Você irá reinar comigo para sempre. A segunda morte não te ameaçará mais. Porque eu decidi te dar a vida eterna”.
Isso é um consolo para nós em saber que Jesus tem o poder sobre a morte. Isto nos dar conforto para vivermos fiéis. Esmirna foi leal ao seu chamado para ser portadora de luz. O testemunho de Policarpo, apresentado na presença de judeus e pagãos, foi imitados por outros. Que possamos imitar a lealdade daquela igreja e sermos crentes vivos. Crentes que não se envergonham do evangelho. E tendo a certeza que Cristo nos dará a coroa da vida.
Amém.

en nombre de Alexandrino Moura

O Cristo glorificado escreve a sua igreja em Éfeso.

outubro 21, 2008 em Sermões por Admin teste

O livro do Apocalipse é belíssimo. É uma obra de arte: arte maravilhosa, arte divina. Este livro são as revelações do Senhor Jesus Cristo, escritas pelo seu servo João, para entregar a todas as igrejas na Ásia. Como ele mesmo diz a João no capítulo 1.11: “O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. O apóstolo João que se achava exilado na ilha de Patmos por causa do nome do testemunho do Senhor Jesus, recebeu a tarefa de escrever as revelações que ia ver e depois mandar para as igrejas na Ásia. Eles deveriam saber sobre as últimas coisas que estavam para acontecer. Porque o Cristo Glorificado já está pronto para sua volta. Ele está esperando apenas se completar o número dos seus eleitos para voltar e julgar a todos. Ele é aquele que tem os olhos flamejantes e que perscruta até o mais profundo dos corações. Tem uma espada que sai da sua boca para pelejar contra os adversários (Ap 2.16).
São estas sete igrejas na Ásia que Jesus se dirigi com amor. A primeira igreja que recebe a carta é a igreja de Éfeso. Como era a cidade de Éfeso? A cidade de Éfeso era uma cidade muito importante. Era rica e próspera, magnificente e formosa, devido a seu templo da deusa Diana. Ela tinha capacidade para aportar os maiores navios. Além disto, era facilmente acessível por terra, pois Éfeso estava ligada, por meio de estradas, com as cidades mais importantes da Ásia Menor. Era já por longo tempo o centro comercial da Ásia. O templo pagão da deusa Diana era ao mesmo tempo casa do tesouro, museu, bem como lugar de refúgio para criminosos. Fornecia empregos a muitos, incluindo os ourives que miniaturavam santuários de Diana. Foi nesta cidade que o apóstolo Paulo fundou a igreja de Éfeso. Ele passou três anos ali pregando as boas novas do Senhor Jesus. Éfeso era uma cidade idolatra. Lá as pessoas encontravam vários tipos de deuses também. O culto pagão era livres. O culto ao imperador era obrigatório. Quando muitos se converteram, muitos ourives perderam seus empregos. Porque os novos convertidos deixaram de cultuar aos ídolos e ao imperador. Bem como também queimaram seus livros de magias.
Já se passaram mais de 40 anos depois da fundação da igreja em Éfeso. Eles receberam a palavra do Senhor com muito entusiasmos. Aprenderam a viver para o Senhor. Depois de 40 anos, o próprio Senhor Jesus Cristo está escrevendo para aqueles irmãos. É o Cristo Glorificado e Senhor da Igreja que está escrevendo e enviando sua mensagem.
Eu vos proclamo a palavra de Deus no seguinte tema:

1. Elogiando a igreja (Vs. 1-3).

Esta carta é direcionada a igreja em Éfeso, como diz os versos 1 e 2: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”. Qual a razão para esta apresentação? Esta apresentação é necessária para mostrar que Jesus é aquele que conserva os ministros da palavra e anda no meio da sua igreja. As estrelas são os pastores da igreja, que também aqui é chamado de anjo da igreja em Éfeso. Os pastores são os embaixadores de Jesus Cristo aqui na terra. Os falsos apóstolos tinham atribulado a igreja em Éfeso. Assim como o apóstolo Paulo tinha dito, que após sua partida falsos mestres iriam entrar no meio deles e tentar desviá-los do caminho do Senhor. Por isso o apóstolo tinha exortado os oficiais daquele igreja a permanecerem firme e atento contra os falsos mestres.
Aqui o Cristo glorificado se apresenta como aquele que conserva os ministros da palavra em sua mão. Isto é um consolo para todos os pastores e para toda a igreja. Porque eles sabem que Jesus Cristo conserva os seus embaixadores em suas mãos. Ele governa seus ministros. Ele os conforta e protege de todo mau que tente destruí-los. Porque eles estão aqui representando a Cristo neste mundo. Pregando e ensinando as suas igrejas amadas. Elas são chamadas de candeeiros. Um candeeiro serve para clarear os lugares escuro. A igreja de Cristo está aqui na terra para ser a luz do mundo. Como o próprio Jesus Cristo tinha dito em Mateus 5.14: “Vós sois a luz do mundo”. A igreja é a luz do mundo. Ela deve brilhar no meio das trevas. A sua luz deve dissipar as trevas. Para que todo mundo possa ver que na igreja brilha a luz de Cristo. Como diz Mateus 5.16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. A nossa luz deve brilhar no meio dos homens para Deus ser glorificado pelo nosso bom proceder. Porque devemos ter em mente uma coisa: Cristo não apenas governa os ministros, tendo-os em sua mão, mas também ele anda no meio da igreja. Ele está vendo o que acontece na sua igreja. Nenhum crente pode se esconder dos olhos de Jesus Cristo. Porque Ele está andando no meio da sua igreja para ver como estamos andando nos seus caminhos. Ele sabe quem está sofrendo e triste. Ele sabe quem está com uma fé fraca. Ele sabe quem está feliz e com uma fé forte. Por isso Ele faz questão de dizer que está caminhando pelo meio de sua igreja. Ele quer confortar seus fiéis a buscá-lo. A não desanimar, mas a confiar. Nada em nossas vidas está em oculto diante de Jesus Cristo. Devemos nos lembrar disso. É por esse motivo que Ele se apresenta logo no inicio da carta a igreja em Éfeso. Mas não serve apenas para a igreja em Éfeso. Serve também para nós também aqui da Igreja Reformada em São José.
Depois de se apresentar Ele diz nos versos 2 e 3: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achates mentirosos; e tens perseverança, suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer”. A igreja em Éfeso é elogiada por sua firmeza na doutrina do Senhor. Os irmãos não toleraram aqueles falsos homens que se infiltraram na igreja. Pessoas que se diziam apóstolos, mas na verdade eram enganadores, agentes de Satanás. Conforme a advertência de Paulo quando esteve na cidade de Éfeso, eles examinaram os falsos apóstolos, e achando-os mentirosos, e os rejeitaram. Eles permaneceram leais as doutrinas ensinadas pelo apóstolo Paulo. Como diz o apóstolo João na sua primeira carta capítulo 4.1: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo a fora”.
Eles lutaram muito e permaneceram firme. Suportaram provações pelo nome de Jesus Cristo. Eles não se rederam também ao culto ao imperador. Antes preferiram sofrer, a abandonar a Cristo, em quem tinham crido. Lutaram com todas as suas forças, e não se deixaram esmorecer por causa dos ataques. Antes mostraram ao mundo a luz de Cristo que havia naquela igreja em Éfeso. Eles não esconderam suas obras de fé ao Senhor. A sua luz resplandeceu naquele mundo em trevas. Que sirva de exemplo para nós a firmeza da igreja em Éfeso, de permanecermos firme naquilo que aprendemos da palavra de Deus. Que não venhamos a nos desviar da doutrina ensinada nesta igreja. Mas que confiemos de que Jesus Cristo está cuidando dos oficiais desta igreja e que Ele está no nosso meio andando. Olhando como está a nossa vida com Deus.

2. Advertindo a igreja (Vs. 4-6).

Irmãos, depois de elogiar a igreja em Éfeso em sua doutrina e perseverança. Por ter permanecido firme naquilo que aprendeu do apóstolo Paulo. O Senhor Jesus Cristo adverte a Igreja em Éfeso de algo grave que estava acontecendo. Ela era uma Igreja firme em doutrina. Firme na palavra contra os adversários que tentavam distorcer e destruir as obras de Deus no meio da igreja. Porém, o Senhor adverte de está faltando o primeiro amor. Esta é a acusação do Senhor, como diz o verso 5: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”. Devemos lembrar que o Senhor Jesus Cristo é aquele que está andando no meio dos candeeiros, que são as igrejas. Por isso, Ele sabe o que está acontecendo. A igreja em Éfeso era uma Igreja firme na doutrina do Senhor. Porém, não basta ser apenas firme na doutrina. Porque até mesmo um descrente pode saber muito mais teologia do que um crente que faz muitos anos na igreja. Porque a teologia ou a doutrina da Bíblia deve afeta não apenas o nosso intelecto. Mas, também nosso coração. Está firme na doutrina é amar a Deus acima de qualquer coisa. Conhecimento e amor não se separam.
E foi exatamente isto o que estava acontecendo na igreja em Éfeso. A igreja em Éfeso tinha mais de 40 anos e uma nova geração de crentes tinha se levantado. Os filhos não provaram aquele mesmo entusiasmo que seus pais provaram em entrar em contato com o evangelho. Eles não tinham aquela espontaneidade para servir a Cristo como seus pais. Eles perderam aquela antiga devoção por Cristo. Com certeza ainda havia labor, perseverança e obras. Mas o amor estava em decadência naquela igreja. Isto nos lembra o povo de Israel depois da morte de Josué e dos anciãos. No livro dos Juízes é dito que uma nova geração dos filhos de Israel surgiu. Porém, não conhecia os feitos do senhor e nem o próprio senhor. Certo que a situação aqui na igreja de Éfeso era diferente da descrita lá no livro dos Juízes. Nos livros dos Juízes o povo não conheciam o senhor. Eram descrentes. Totalmente descrentes. Porém, aqui em Éfeso, aqueles membros eram crentes no Senhor Jesus Cristo. Só que o amor havia esfriado pelo Senhor. Não havia entusiasmo em servir ao Senhor como na época dos seus pais. Mas, os irmãos podem perguntar-me: como o amor por Jesus Cristo pode está em falta? Vou dar um exemplo: Uma esposa pode ser muito fiel a seu esposo e dar evidência de uma ativa devoção em todas as coisas a ele relacionadas – e ainda assim pode haver uma redução no seu amor por ele só. Seu senso de dever pode fazer com que ela lhe permaneça fiel em todos os detalhes da atenção que ela lhe dedica. Mas, seu amor vai esfriando pelo seu esposo.
Deste modo um membro pode ficar em falta no serviço a Deus. Ele pode esfriar em servir a Deus e faltar nas atividades da igreja, não querer trabalhar. Podemos não ser tão fervorosos como antes no serviço do Senhor. Podemos não ter aquele mesmo entusiasmo de antes quando conhecemos o evangelho. Porém, quando isto está acontecendo no meio da igreja, devemos nos lembrar da ameaça do Senhor Jesus Cristo a igreja em Éfeso que deixou o primeiro amor. O Senhor diz no verso 5: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se senão, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. A ameaça do Senhor é severa aquela igreja. A igreja deve olhar aonde foi que errou. Tem que procurar no que está fazendo para saber onde caiu e levantar. A igreja é exortada a uma mudança de mente perante o Senhor. Não era uma mudança superficial, apenas da boca para fora. Mas, era uma mudança radical de atitude para com o seu Senhor. Eles tinham que olhar para o passado e ver o exemplo dos seus pais. Como eles serviam ao Senhor Jesus Cristo com muita devoção, entusiasmo e com espontaneidade, seja, sem constrangimento. Essa era a prática que devia ser cultivada novamente.
Porque se não houver arrependimento da parte daquela igreja o Senhor diz que vai remover a igreja do seu lugar. Quer dizer, o Senhor vai castigar, destruir a igreja em Éfeso. A igreja em Éfeso, tinha a seu favor era que odiava as obras dos nicolaítas. Os nicolaítas eram pessoas que gostavam das festas mundanas, comidas sacrificadas a ídolos. Pessoas que gostavam daquilo que o mundo oferece.
Porém, a mesma ameaça a igreja em Éfeso, serve para nós. Todos juntos e individualmente. O Senhor está no nosso meio. Ele está passeando no meio de sua igreja e Ele está vendo como está a situação da igreja aqui em São José. E com sinceridade devemos admitir que estamos em falta com o Senhor. Está faltando mais devoção em servir ao Senhor Jesus. Isso nós podemos ver nas atividades da Igreja. Desprezo pelos cultos, estudos bíblicos, reunião de oração, sociedade das mulheres e dos jovens. Também nos pais em enviar seus filhos para a catequese ou deixando seus filhos em casa na hora dos cultos. Isto nós podemos ver até mesmo em uma simples limpeza do prédio da igreja. Quando é para comparecer todo mundo, quase ninguém comparece na limpeza geral. Isto é amor pela obra do Senhor? Pelo trabalho do Senhor? Ou temos que admitir que é um esfriamento do nosso amor pelo Senhor Jesus Cristo? Não adianta ter sem anos de membros se nosso amor por Cristo não cresce, apenas diminui. Devemos olhar onde foi que caímos e nos levantar. Devemos nos arrepender dos nossos pecados. Eu sei, ninguém gosta de ser confrontado do seu erro. Porém, olhando a palavra de Deus, essa é a situação.
O Senhor está no meio da sua igreja andando. Ele sabe o que cada um sofre. O que cada um está em falta. E se estamos em falta do nosso amor a Jesus Cristo, devemos o quanto antes nos arrepender. Senão o Senhor afiará a sua espada e pelejará contra os infiéis. Está advertência a Igreja em Éfeso, também serve para nós aqui em São José. A ameaça é real e a mudança também deve ser real em nossas vidas. Mas, o que permanece fiel receberá a recompensa. Isso nos leva ao terceiro e último ponto.

3. Exortando a igreja (V. 7).

Irmãos, a igreja de Éfeso foi seriamente advertida pelo Senhor a voltar a praticar o primeiro amor. Tinha que se arrepender e voltar a ter um amor fervoroso pelo Senhor Jesus Cristo. Senão houvesse arrependimento Deus destruiria aquela igreja. Então, é quando nós escutamos o Senhor Jesus Cristo exortando a igreja no verso 7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. Veja que a exortação não foi apenas a igreja em Éfeso. Mas, foi para às igrejas. As outras igrejas da Ásia também deveriam ler as outras cartas enviadas as outras igrejas. A igreja é exortada a ouvir o Espírito Santo falando nas cartas. A igreja deve ouvir o que Deus tem a dizer para cada uma delas. E, é por isso que estamos ouvindo hoje o que o Espírito está nos dizendo. Nos elogia, mas também nos adverte.
Cristo vai recompensar aqueles que permanecer firme. Ele diz que ao vencedor darei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. Esta árvore foi plantada no jardim do Éden. Após a queda do homem, Deus expulsou o homem do jardim para não comer daquela árvore. Porque não permaneceu firme no seu estado original. Depois de expulsar o homem colocou querubins com espadas de fogo na entrada do jardim e assim impedindo o caminho para a árvore da vida. O paraíso ficou fechado para o homem depois da queda. Mas, em Cristo ele se abre para aquele vencedor que permanece firme no Senhor. O vencedor é aquele crente que luta contra o diabo e o pecado. E por seu amor a Jesus Cristo ele persevera até o fim. A esse vencedor é oferecido a comida que dar vida. O jardim do Éden agora é chamado em Apocalipse de a nova Jerusalém. A árvore está no meio da cidade. Como diz Apocalipse 22.2: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a cura dos povos” e também o verso 14: “Bem-aventurados aqueles que lavam as vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhe assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”.
É dessa árvore que será dado aos fiéis ao Senhor Jesus Cristo. Porque Jesus Cristo abriu as portas do paraíso para nós entrarmos e recebermos o fruto da árvore da vida. Quer dizer, receberemos a vida eterna. Estaremos para sempre com o Cordeiro de Deus. Por isso, ouça o que o Espírito tem a dizer. Persevere naquele que morreu por você. Que te concedeu arrependimento e fé. E está disposto a te dar a vida eterna.
Amém.


en nombre de Elissandro Rabelo

Atitude do cristão diante da perseguição.

outubro 13, 2008 em Sermões por Admin teste

Um certo homem chamado Robert de Ryssel e sua família (esposa e dois filhos) foram presos na Holanda por volta do séc. XVI por professarem a fé cristã reformada. Eles foram levados à presença do juiz civil e interrogados. Diante do interrogatório eles confessaram que liam a Bíblia, oravam a Deus, cantavam os salmos em família. Os filhos disseram que se colocavam de joelhos e oravam diariamente pelas autoridades para que Deus as abençoasse. Os magistrados chegaram até a se comover com o relato dos meninos. Mesmo assim, o pai e o filho mais velho foram julgados e condenados à morte na fogueira. Diante da fogueira, o filho mais velho orou a Deus dizendo: “Ó Pai Eterno, aceita os sacrifícios das nossas vidas em nome do Seu Filho Amado!”. Ao ouvir isso, o monge que acendia o fogo interrompeu dizendo: “Mentira, seu marginal, Deus não é Seu Pai e vocês são filhos do diabo!” E quando o fogo acendeu, o menino exclamou: “Vejo, meu pai, o céu se abrindo e milhares de anjos se alegrando sobre nós. Sejamos alegres, nós estamos morrendo pela verdade”. O monge então gritou outra vez: “Mentira, vejo o inferno se abrindo e milhares de diabo vos esperando para jogá-los no fogo eterno”. O pai e o filho encorajaram um a outro até a hora da morte.
O que aconteceu na vida de Robert de Ryssel e seu filho mais velho é simplesmente o cumprimento das palavras de Jesus que disse acerca dos seus discípulos: “Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros”. A perseguição é parte da vida cristã. Todo discípulo fiel de Jesus haverá de ser perseguido. Paulo afirmou isso: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus, serão perseguidos” (II Tm. 3.12).
É interessante observar que na oitava e última bem aventurança, Jesus afirmou que seus discípulos são verdadeiramente felizes por serem perseguidos. Ouça o que ele diz: (ler Mt.5.10-12). Vejamos algumas observações gerais dessa bem aventurança:1) Jesus proferiu tais palavras ainda no início de seu ministério a fim de alertar aos seus discípulos de que a perseguição seria uma realidade na vida deles, caso o seguissem fielmente. 2) Jesus repete o termo “bem aventurados”, duas vezes, mas está referindo-se à uma só bem aventurança. Ele quer enfatizar com essa repetição que a perseguição é uma certeza na vida do crente e que ser perseguido por sua causa é de fato uma grande benção. 3) A oitava bem aventurança é o resultado das sete primeiras. A perseguição é conseqüência das demais bem aventuranças. Os bem aventurados dos versos 10 e 11 são os mesmos dos versos 3 a 9. À medida em que o crente fiel manifesta o caráter cristão das bem aventuranças, ele não será aceito pelo mundo mas sofrerá dele perseguição.
É bem evidente para nós que o tema apresentado por Cristo na oitava bem aventurança é a perseguição como um aspecto da vida cristã. Jesus nos ensina três coisas importantes a respeito da perseguição na vida do crente: a natureza da perseguição; a causa da perseguição e a atitude cristã diante da perseguição.

1.A Natureza da Perseguição:

O que é perseguição? A perseguição é uma das tribulações que pode nos sobrevir durante nossa caminhada cristã na terra. Para entender o que ela significa, precisamos atentar para a palavra que Jesus usou. Jesus usa o verbo perseguir duas vezes em nosso texto (perseguidos; perseguem). A palavra que ele usa transmite a idéia de buscar com diligência e empenho alguém ou alguma coisa. No sentido positivo, a Bíblia exorta o crente a perseguir (buscar com toda dedicação) o amor, a santificação e a justiça (I Co. 14.1; Hb. 12.14; 2Tm. 2.22). O mesmo verbo também é usado na Bíblia no sentido negativo e, nesse sentido transmite a idéia de “alguém ser buscado para receber maus tratos, ser atormentado ou afligido por alguma causa”. Jesus usa o termo neste sentido. Observe que o crente, por perseguir a vida cristã em virtude do seu amor por Cristo, será perseguido. Tal perseguição aos cristãos pode ocorrer de diversas maneiras:
Insultos e zombarias: o crente sofre perseguições quando é maltratado com palavras vis que são lançadas injustamente contra ele. Ele pode ser ofendido verbalmente além de ser alvo de piada e mangação da parte dos outros. Pelo fato de sermos cristãos, é inevitável que isso nos aconteça. O próprio Cristo sofreu esse tipo de perseguição. Nosso Senhor Jesus Cristo, de forma injusta e cruel, foi zombado e insultado por muitos, especialmente no final de sua vida. Jesus já sabia que esse tipo de perseguição o esperava (Lc. 6.32). E foi exatamente o que aconteceu com ele antes e depois de ser pendurado na cruz. Ele foi zombado pelos soldados, (Mt. 27.29-31); pelos que passavam perto da cruz (39,40); pelos líderes religiosos (41-43); pelos dois ladrões que estavam ao seu lado (44). Ninguém foi tão insultado e zombado quanto o Senhor Jesus Cristo e nem será. No entanto, ele afirmou que seus discípulos sofreriam perseguição por meio de insultos e zombarias. “Como o Senhor, também os servos”, ele disse. Seus discípulos foram os primeiros a serem zombados e insultados por causa de sua fé em Cristo.
Se você é um cristão fiel, não se surpreenda diante dos insultos e zombarias que pode lhe sobrevir do mundo incrédulo. Você está sujeito a isso. Esse tipo de perseguição pode acontecer na sua casa, no seu trabalho, na escola. Alguns exemplos: O jovem cristão que não compartilha com os pecados de seus colegas descrentes na escola, vai ser chamado de quadrado, bobo. O trabalhador fiel que evidencia sua fé cristã em seu ambiente de trabalho pode ser zombado e criticado por seus colegas de profissão que não conhecem a Cristo. Se esse tipo de coisa estiver acontecendo, é sinal de que você está sendo perseguido. Não se surpreenda nem se irrite com isso, mas lembre-se que Cristo, mais do que todos sofreu esse tipo de perseguição e, você, como seu discípulo está sujeito ao mesmo.
Calúnias e difamações: “Bem aventurados sois vós quando, mentindo, disserem todo mal contra vós”. A perseguição que se dá na vida do crente pode também se expressar por meio de acusações falsas que são levantadas contra ele. Jesus sofreu esse tipo de perseguição da parte de seus oponentes. Acusaram o Senhor de comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores (Mt. 11.19); afirmaram falsamente que Jesus expulsava demônios pelo espírito de Belzebu (Mt. 12.24). E se chamaram o dono da casa de Belzebu, quanto mais os membros de sua família, disse Jesus (Mt. 10.24). Se aconteceu ao Senhor, pode acontecer na vida dos seus servos. Vemos uma evidência muito forte desse tipo de perseguição na vida dos primeiros cristãos. Muitas acusações falsas foram levantadas contra os cristãos da igreja primitiva. Aqueles nossos irmãos, por causa de adorarem o único Deus e rejeitarem a idolatria do mundo pagão, foram acusados de ateus; aqueles irmãos, por terem Cristo como seu único Senhor e rejeitarem o culto ao imperador romano, foram acusados de anarquistas que desrespeitavam as autoridades; aqueles irmãos, que se reuniam para adorar a Deus, celebrar a ceia do Senhor e expressar a comunhão dos santos, foram acusados pelos incrédulos de se reunirem para cometerem toda sorte de imoralidade. A esse tipo de perseguição os crentes estão sujeitos. O mesmo pode se dá conosco, caso sejamos fiéis a Cristo. Não se surpreenda se falsas acusações forem lançadas contra você pelo fato de ser um crente fiel.
Perseguição física (prisões, açoites e morte): Em outra ocasião, quando Jesus deu uma série de instruções aos seus discípulos acerca da obra missionária deles no mundo, ele os assegurou que, por causa do seu nome, eles estariam sujeitos a prisões, açoites e até mesmo a morte (Mt. 10. 17-22). Esse tipo de perseguição foi muito comum em determinados momentos da história da igreja, como por exemplo, na era apostólica (perseguição dos judeus e romanos) e na época da reforma (perseguição da ICR). Nesses dois períodos, a confissão da fé cristã conforme a Bíblia era sinônimo de morte. Muitos servos e servas de Deus foram presos, torturados e mortos. Uns foram lançados às feras, outros enforcados, queimados em fogueiras e alguns decapitados. Era uma situação totalmente diferente da nossa realidade hoje aqui no Brasil. Pois é bem verdade que no contexto religioso atual do nosso país esse tipo de perseguição não é presente. Não temos nenhum relato de que alguém foi morto aqui no Brasil por ser um cristão. No entanto, devemos aprender algo com isso: 1) não devemos nos acomodar em nossa vida cristã pelo fato de não sermos perseguidos até a morte em nosso país. 2) devemos nos lembrar e orar por nossos irmãos que estão sendo perseguidos e mortos atualmente em países que rejeitam o cristianismo (Ex. Oriente Médio; Ásia); 3) devemos aprender com o exemplo de fé de nossos irmãos do passado e estar dispostos a sofrer qualquer tipo de perseguição, como eles estavam.

2. A Causa da Perseguição:

Jesus afirmou: “Bem aventurados os perseguidos”. Isso é uma verdade. Agora é verdade também o fato de que nem todos os perseguidos são bem aventurados. Ao longo da história humana, temos visto várias pessoas serem perseguidas por diversas causas. Muitos mártires já passaram por este mundo. “Pessoas que deram suas vidas por uma causa, para defender um país, seus direitos, um líder, uma idéia.” Por exemplo, alguém pode defender o comunismo, ou movimento sem terra e ser perseguido por isso. Mas isso não quer dizer que ele é bem aventurado. Bem aventurados, conforme o ensino de Jesus, são aqueles perseguidos por outra causa. Bem aventurados são aqueles que são perseguidos por uma causa religiosa, mas não é qualquer causa religiosa, mas a causa de Cristo.
É isso que Jesus diz: “Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça… e, por minha causa (Cristo). Já aprendemos anteriormente, ao estudar a quarta bem aventurança (fome e sede de justiça), qual é o significado da palavra justiça no contexto das bem aventuranças. Com este termo, Jesus refere-se ao aspecto ético da vida cristã, caracterizado por uma vida de santidade e obediência aos mandamentos de Deus. A palavra justiça do verso 6 tem o mesmo sentido aqui no verso 10. Portanto, os crentes são perseguidos por causa de sua vida reta e de conformidade com a vontade de Deus.
Jesus também falou: “e por minha causa”. Ele quer dizer: “por causa do amor e da fé que vocês têm em mim”. Observe o seguinte: “por causa da justiça” e “por minha causa” são duas razões intimamente relacionadas. Pois, com que propósito, você persegue a justiça, uma vida reta e santa? Não é por um propósito qualquer, mas somente porque você ama a Cristo. Quem ama a Cristo, guarda os seus mandamentos, pratica a justiça. Então, a nossa obediência é expressão do amor que temos por Nosso Salvador, e a conseqüência disso é que seremos perseguidos.
Era de se esperar que aquele que chora pelo pecado, é manso, procura fazer as coisas certas, exerce a misericórdia, a paz e a honestidade entre as pessoas, fosse bem aceito no meio da sociedade em que vive. Mas o que é que acontece? Em vez de aceitação, perseguição. Por que é assim? A razão é que o caráter cristão estabelecido por Jesus é totalmente contrário ao padrão de vida do mundo incrédulo. Isso provoca uma tensão, uma inimizade entre o mundo e a igreja, entre o crente e o ímpio. O crente que demonstra caráter cristão denuncia o pecado do mundo e isso resulta em ódio da parte do mundo. Não pode ser diferente, pois o padrão de vida do mundo é totalmente oposto ao de Cristo. A vida cristã de um crente fiel é insuportável aos olhos dos ímpios que vivem em seus pecados e o resultado é perseguição. Se você procura imitar Cristo em sua vida, sofrerá a mesma reação de ódio que Cristo sofreu quando esteve aqui na terra. Jesus afirmou que o mundo nos odiará por sua causa: (ler João 15.18-20; cf. Mt. 10.22; 24.9). Denuncie o pecado do mundo com seus atos e palavras e verá qual é a conseqüência. Por exemplo, valorize o casamento e condene o adultério e o homossexualismo e muitos rirão de você; condene o suborno e valorize um trabalho justo e honesto, e também serás perseguido com os insultos e a zombaria do mundo. Valorize o dia do Senhor e o mundo dirá a você que isso é perca de tempo. Você está disposto a ser perseguido por causa da justiça e de Cristo?
Para aqueles que não querem ser perseguidos por causa da justiça e por amor a Cristo, existem meios de se evitar a perseguição. Aprove o padrão do mundo, conformando-se as suas idéias e costumes. Ria de suas piadas sujas, deleite-se nas suas novelas, programas e músicas imorais e serás bem aceito por todos; você jovem crente, viva conforme a liberdade dos jovens do mundo, faça o que eles fazem e não serás perseguido. Evitemos a fiel pregação do evangelho que denuncia o pecado e chama o pecador ao arrependimento e a fé em Jesus, e preguemos o que o mundo gosta de ouvir e ninguém vai zombar e criticar nossa igreja. Mas eu pergunto: Isso vale a pena? Existe algum proveito em deixar de ser perseguido por amor a Cristo? Não. Isso é uma atitude de covardia. Os covardes assumem o padrão do mundo para não serem perseguidos. Eles querem Cristo e o mundo, mas isso é impossível. Eles querem achar sua vida no mundo, mas com sua atitude acabam perdendo-a. A Bíblia diz que não há lugar para covardes no reino dos céus (Ap.21.8). Mas por outro lado, Jesus afirma: “Bem aventurados os perseguidos”… porque deles é o reino dos céus.
Você é chamado por Cristo a ser perseguido por amor a ele. Se você quer ser fiel a Deus, vai ser perseguido. Por isso, não evite a perseguição, mas esteja disposto a sofrê-la quando ela vier. Agora, existe um tipo de perseguição que devemos evitar: é aquela que é sofrida por escândalo ou pecado. Sobre isso Pedro diz: “Não sofra nenhum de vós como assassino, ladrão, criminoso ou como quem se intromete em negócios alheios” (I Pe.4.15). Esse tipo de perseguição é lamentável e vergonhoso e não traz nenhum benefício para quem o sofre. Por outro lado, existe uma perseguição gloriosa e que traz alegria e benção para quem a sofre: aquela que é sofrida por causa de nossa fidelidade a Cristo, conforme diz o apóstolo Pedro: “Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês… Se você sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus com esse nome” (I Pe.4.14,16).

3. A atitude cristã diante da perseguição:

Que atitude o Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos diante da perseguição por sua causa? Regozijai-vos e exultai-vos… (v.12). Ele está dizendo: “alegrem-se grandemente, saltem de alegria por estarem sofrendo por meu nome”. O que isso significa? Jesus está nos sugerindo a ficar sorrindo no meio do sofrimento? Ou a pular de alegria quando as pessoas nos insultam e zombam por causa da nossa fé nele? Não podemos ficar tristes diante da perseguição? Precisamos entender o seguinte: o que Jesus está nos sugerindo é que não fiquemos desesperados diante da perseguição, mas que tenhamos a plena certeza de que estamos sofrendo pela causa certa e que devemos nos alegrar por isso, pois isso resultará em uma grande benção para nós. Os primeiros discípulos que foram perseguidos por causa de Cristo expressaram essa alegria. Os apóstolos do Senhor, depois de terem sido presos e açoitados pelos líderes religiosos da época, “saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome” (At.5.41). A alegria de Paulo e Silas era tão grande na perseguição que eles cantavam louvores a Deus na prisão (At.16.25). Como explicar essa atitude de alegria dos discípulos de Cristo? Deus dá forças aos seus servos em tempos de perseguição. A alegria do crente na perseguição é resultado da graça do Espírito Santo que neles habita. Além disso, as promessas de Deus nos motivam a ser alegres na perseguição.
O crente se alegra na perseguição porque ele sabe que isso é uma bem aventurança na vida dele. Ele confia nas palavras de Cristo: “Bem aventurados (abençoados) os perseguidos por minha causa”. O Senhor não está nos encorajando a buscar perseguição, mas ele afirma que estamos sujeitos a ela e que somos verdadeiramente felizes se ela nos acontece. Qual a razão dessa bem aventurança? Por que devemos ser alegres na perseguição? O Senhor nos apresenta três razões:
“Porque deles é o reino dos céus”: Cristo promete o reino dos céus como uma herança para aqueles que são perseguidos por sua causa. Esse reino é caracterizado pelo domínio de Cristo sobre seu povo que, como herdeiro desse reino, tem a responsabilidade de viver conforme as exigências do Rei e também o privilégio de desfrutar das bênçãos desse reino. Observe que Jesus inicia e termina as bem aventuranças com a promessa da herança do reino. Essa é a promessa da primeira e última bem aventurança. As demais promessas das outras bem aventuranças são aspectos desse reino. Significa dizer que, os que são herdeiros do reino em Cristo, participam de todas as bênçãos que há nesse reino: consolo, herança da terra, satisfação da justiça, misericórdia, ver a Deus, ser filho de Deus. Quando você reconhece a grande benção de ser um herdeiro do reino de Deus tanto agora como no mundo porvir, não fugirá da perseguição nem se desesperará com ela, mas se alegrará em ser perseguido por causa da justiça que é conseqüência do seu amor por Cristo, pois ele te deu o seu reino como uma herança e ninguém podem tirar isso de você.
Porque é grande o vosso galardão nos céus: O Senhor promete uma grande recompensa para aqueles que sofrem por seu nome. O galardão do qual Jesus fala aqui é uma recompensa que ele dará a seus servos fiéis que foram perseguidos por seu nome. Essa recompensa é também um aspecto do reino dos céus. Os herdeiros do reino receberão galardão de Deus. Esse galardão que Deus nos promete não é resultado dos nossos próprios méritos, mas é fruto da graça do Generoso Deus para conosco. Por isso, não devemos nos orgulhar de nós mesmos, mas ser humildes em reconhecer que Deus é livre para abençoar e nós, seus servos que fizemos apenas o que devíamos fazer. Quando reconhecemos que nada merecemos de Deus, mas mesmo assim ele tem prazer em nos recompensar por nossa fidelidade, somos, então, motivados ainda mais a enfrentar as perseguições que nos sobrevêm com coragem e alegria, pois temos a certeza de que, pela graça de Deus, é grande o nosso galardão nos céus.
Porque assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós: Considerando o contexto no qual Jesus proferiu estas palavras, logo percebemos que ele tem em mente os fiéis profetas do SENHOR do Antigo Testamento. Profetas tais como Isaías, Jeremias, Elias, Amós e muitos outros profetas que foram perseguidos e até mortos pela causa de Deus. Ao falar dos profetas do AT aqui na oitava bem aventurança, Jesus tem o propósito de identificar seus discípulos e todos os cristãos com eles e, com isso, motivá-los a serem alegres na perseguição. Que alegria traz para nós o fato de sermos identificados com os profetas do Senhor? Devemos reconhecer que nós não somos os primeiros a serem perseguidos e muitos servos do Senhor sofreram piores perseguições do que nós no passado. 2) O fato de sermos identificados com os profetas indica que estamos na mesma posição deles: Perseguidos e, ao mesmo tempo, bem aventurados. Isso é motivo de alegria para nós, pois sabemos que os profetas que sofreram perseguição aqui na terra, já desfrutam do consolo eterno no céu com Cristo, e o mesmo também se dará conosco.

Conclusão:

Robert de Ryssel e seu filho, como também os demais servos de Deus que foram perseguidos no passado até à morte, expressaram alegria e coragem em meio à perseguição. Eles perderam bens, reputação, e até mesmo a vida por amor a Cristo. No entanto, isso não foi motivo de tristeza e desespero para eles, pois tinham a plena certeza de que, perdendo a vida por amor a Cristo, estavam de fato encontrando-a por toda a eternidade. O mundo pode nos perseguir duramente, mas não pode tirar nossa alegria e fé que vem do Senhor, nem tampouco pode desfazer a promessa de Deus de que viveremos com ele em eterna alegria e felicidade na glória por vir.
Alem disso, é absolutamente certo de que Deus, assim como recompensará seus servos fiéis com a vida eterna, também recompensará com um castigo justo e eterno àqueles que se rebelaram contra ele e perseguiram cruel e injustamente a sua igreja aqui na terra. Os que foram perseguidos clamam por justiça diante de Deus. E vai chegar o dia da vingança do Altíssimo, quando ele retribuirá a cada um segundo as suas obras. Desse dia em diante, os ímpios sofrerão eternamente, enquanto que os santos louvarão a Deus para sempre por sua justiça e bondade (Ap.11.17,18).


en nombre de Adão Gomes de Oliveira

Deus e o homem quem é o culpado pela fome.

outubro 9, 2008 em Sermões por Admin teste

Deus criou o homem para reinar.Gn.1:26.
O cuidado de Deus.Gn.1:28-30.
A fome é uma vergonha mundial. Se há uma coisa que Deus se ocupou em elaborar de maneira responsável, foi à capacidade de sustentação dos seres viventes na terra.Deus fez tudo com muita sabedoria.Gn.1:28-30;2:9.É inadmissível, contemplar pessoas morrendo por falta de alimento para saciar a sua fome, como tem sido nos pais subdesenvolvidos.A situação fica mais triste, quando é sabido que por diversos pais do mundo, são desperdiçados toneladas e mais toneladas de grãos que pariam saciar a fome de milhões de pessoas. O pior é que não aparece ninguém que tenha coragem de encabeçar um movimento serio para dar fim a essa vergonha crônica que é a fome. Diante desta miséria calamitosa, os homens que detém o poder, ficam assistindo de dentro do camarim.
Olhando para esse quadro cruel, surge esta pergunta: Deus e o homem quem é o culpado pela fome?

1. Será Deus o culpado?

Há principio, parece que a culpa está em Deus, por ser ele absoluto ou seja, ter tudo no seu controle. Sendo ele o governador de tudo, diria então que tudo que acontece no mundo (Kosmo), seria culpa dele. Mas não é bem assim, Deus ao criar o homem, deu-lhe livre arbítrio e poder para governar sobre a sua criação.Sl.8:4-8;Gn.1:28.
A partir desse momento, Deus entregou a chave da casa com tudo que nela existi para o homem administrar.
A quem pertence o mundo? O mundo pertence a Deus, por direito de criação, e pertence ao homem pelo direito de procuração que Deus concedeu-lhe para administra-lo.
Resumo dos dez mandamentos.Mc.12:30-31
A injustiça é condenada na Bíblia.Tia.5:1-4
Deus equipou a terra para sustentar o homem. A terra recebeu todos os nutrientes necessários para produzir alimentos e saciar a fome da raça.Gn2:9; Sl.104:14-15.
Até os animais tem seu sustento da terra.Sl.104:10-12. O senhor Jesus reconheceu essa providencia do criador a respeito dos animais.Mt.6:26-28.
Deus entregou ao homem a casa construída e a dispensa repleta de tudo quanto fosse necessário; para o homem administra-la, e aproveitar, vivendo bem.
Não houve da parte de Deus para com a sua criação nenhuma irresponsabilidade. Deus colocou tudo no mundo que o homem precisava para sua subsistência.
Entende-se então, que a questão da fome, não é irresponsabilidade de Deus como muitos querem atribuir, pois, pelo que diz as Escrituras Sagradas, Deus foi responsável ao criar o mundo. Criou-o de maneira organizada para que nada faltassem aos viventes. Se Deus não é o culpado pela fome, de quem é culpa?

2. Será o homem o culpado?

Deus ao criar o homem, criou-o a sua imagem e semelhança.Gn.1:26-27, isto quer dizer que o homem recebeu de Deus a capacidade de tomar direção própria, planejar o seu futuro, criar e administrar sobre o que foi criado e de amar o seu semelhante.
Além de todas essas dádivas que recebera de Deus, Deus ainda lhe confiou a chave da sua casa (o kosmo-mundo), para administra-la. Gn.1:28. Mas, infelizmente o homem tem deixado a desejar, pois, tem fracassado na sua administração.
O homem tem agido com injustiça para com seu semelhante. “Injustiça, é tirar aquilo que é do outro”.
A injustiça social é um dos fatores que mais tem contribuído para a propagação da miséria e da fome no mundo. Esse terror que destrói a humanidade, é antigo; o povo de Israel já era contaminado por ele, Deus chamou a atenção deles para serem justo para com os seus semelhantes. Lv.19:13; Deut.24:15.
O apostolo Tiago também combateu a injustiça social entre o seu povo.Tia.5:1-4.
O principio chave da nossa Constituição Brasileira, é o “Principio de direito à vida” (art.5º- caput). Direito à vida não é simplesmente o direito de viver, mas, é dar condição a pessoa para quer viva com dignidade, isso inclui um salário digno, alimentação, saúde, educação esporte, lazer, segurança.etc. Esses direitos do homem só poderão ser cumpridos se houver justiça social.
O homem tem feito uma má distribuição de renda. Os Governantes, homens que tem recebido do povo através do voto o privilegio para liderar, têm atuado de maneiras egoísticas, pesando em si próprios.


en nombre de Carlos Henrique de Moraes

Levante a cabeça, Deus está no controle.

outubro 1, 2008 em Sermões por Admin teste

Quando lemos a história de Abraão, deparamos com muitas coisas ruins e coisas boas que ela passou. –
Coisas ruins:
Fome e fuga para o Egito – Gênesis 12:10
Mentira no Egito por causa de Sara -Gênesis 12:13
Briga dos seus servos com os servos de Ló – Gênesis 13:7.
Separação de Ló – Gênesis 13:9.
Guerra com quatro reis -Gênesis 14:12-17.
Coisas boas:
Promessa de uma terra – Gênesis 13:14-15.
É abençoado por Melquisedeque quando oferece os dízimos- Gênesis 14:18-24.
Igualzinho a você–
Para vir aqui, recebeu uma fechada no trânsito e alguém te xingou.
Passou a 75 Km/h no radar e tomou uma multa. Chegou na igreja raivoso e a culpa é da tua mulher que se atrasou.
Chega na porta para estacionar e o diácono diz que você vai ter que estacionar a uns 2 km para frente.
Você sai daqui e bate o carro: todo mundo bate o carro. Quem não bate, corre e é atropelado. Chove na casa do rico e do pobre. Todo mundo está sujeito aos mesmos problemas. É depois destes acontecimentos que as coisas vão mudar. Meu irmão comece a olhar para frente. Aprenda a caminhar na vida. Não fique agarrado no passado. Depois destes acontecimentos, Deus vai falar com você. Depois da noite vem a luz do dia. Olha pra frente. Tem coisa nova pela frente. Aprenda a virar a página.
Depois do desemprego, da crise financeira, do problema no casamento, da reprovação. Tem gente que depois desses acontecimentos fica amargo, se revolta contra Deus, foge da igreja. Faz como Pedro, volta a pescar. É depois desses acontecimentos que as coisas começam a acontecer.

1. No meio destes acontecimentos Deus fala com você. Gênesis 15: 1.

Depois destes acontecimentos Deus vai falar com você!
Depois desses acontecimentos Deus se manifesta. Primeiro ele deixa o caldo engrossar, o coro comer, mas depois ele fala. Depois desses acontecimentos, Deus se manifesta.
Crente passa por problema: bate carro; quem não bate carro é atropelado. Crente fica doente. Crente tem briga na família.

2. Depois destes acontecimentos Deus tem uma palavra específica.

Deus falou com Abraão, não foi com Ló, nem com Sarai. Deus tem uma palavra para sua vida. Essa é uma palavra específica. Deus se revela a quem dá ouvidos a essa palavra.
3. Essa Palavra revela 3 coisas:
Ela revela o cuidado de Deus – “Não temas”.
“Deus cuida de mim, à sombra das tuas asas”, “Deus cuidará de ti” (Kleber Lucas). Você não tem que temer, o teu cuidado é descansar em Deus. Há mais de 365 não temas. Para cada dia, Deus tem uma palavra para você. Lança fora o medo (1 Jo 4:18) – A presença do amor lança fora todo o mundo.
Tem muita gente na igreja atormentada: oh vida, oh azar, oh dia, oh segunda-feira! Oh, meu Deus. Espera com paciência. Será que eu vou conseguir, será que eu vou casar, será que eu vou passar no concurso, no vestibular. Irmão larga a dúvida. Confie. Creia!
Deus cuida de você melhor que cuida das aves, do que o lírio do campo.
A proteção de Deus
Dá para andar nesses dias em que todos os governadores estão prometendo segurança. O crente tem que andar confiando em Isaías 54:17: “nenhuma arma forjada contra você prosperará”.
Deus é seu escudo. Ele cerca você por trás, por diante. Sua vida está nas mãos do Deus vivo. Você não precisa temer o diabo, nem o mundo.
Você é a menina dos olhos de Deus.
Quem tocar em você mexe com Deus e arranja uma grande encrenca com Ele. Deus é o meu Pai. Ai de quem tentar mexer na minha vida, ai de quem tentar por a mão em você. Você é propriedade exclusiva do Senhor. Ninguém pode tocar em você. Deus é o seu escudo.

3. Nós servimos ao Deus de vitória.

Teu galardão será sobremodo grande.
Deus tem uma bênção grande, uma batalha grande, uma vitória grande.
Aqueles que esperam com paciência recebem a bênção do Senhor. Deus galardoa e esse galardão é muito grande.
Meu irmão, nenhum olho viu nem ouvido ouviu o que Deus preparou para você. Você é filho, herdeiro, vitorioso.
Sua herança é inacessível, gloriosa. Veja quão rico você é. Você é muito abençoado: Deus escolheu você.

« Previous Entries